Um marco para os ribeirinho do Amapá e uma nova página na vida do povo da floresta, que agora, é dono de um negócio, de fato, lucrativo. O feriado de Tiradentes foi marcado pelo desembarque no Igarapé da Fortaleza, de 15 toneladas de açaí certificado, vindas do Arquipélago do Bailique, distrito de Macapá.
Um sonho construído por muitas mãos. Onde tudo teve início com na cooperativa dos Produtores Agroextrativista do Bailique (AmazonBai) filiada à Organização das Cooperativas do Amapá (OCB/AP), que recebeu, recentemente, o selo FSC (Forest Stewardship Council), que certifica o manejo da floresta e incentiva à regularização fundiária, garantindo o manejo sustentável do produto e incentiva a segurança do trabalhador, com uso de proteção individual. O selo foi concedido porque o açaí do Bailique corresponde às características exigidas atendendo aos padrões do FSC, com benefícios sociais e viabilidade econômica. Este é o selo com maior reconhecimento do mundo no segmento.
O produto que desembarcou no Amapá será processado pela Bio+Açaí, e já tem destino certo para o Rio Grande do Sul. A expectativa é que ocorram outros desembarques nas próximas semanas, para atender outras demandas, inclusive de exportação do produto.
“Estamos extremamente felizes com este novo momento vivido no Amapá. Fruto de um trabalho conjunto e de muita valorização do produtor”, ressaltou o presidente da AmazonBai, Rubens Gomes.
Para o presidente do Sistema OCB/AP, Gilcimar Pureza, é uma nova era que se inicia. Um trabalho construído com muito compromisso e acompanhamento.
“Fizemos o negócio acontecer. E esse modelo de negócio liderado pela AmazonBai e a Bio+Açaí, elimina a exploração do extrativista que é responsável por manter a floresta em pé e torna mais justo o comércio do açaí que é uma riqueza do Amapá”, destacou Gilcimar.
O Sistema OCB Amapá solicitou o apoio e incentivo do governo do Estado para fomentar a produção de alimentos no estado. As cooperativas aguardam a liberação de um financiamento do Fundo de Desenvolvimento Rural do Amapá (Frap), para que possam modernizar e expandir esta produção no Amapá.
O Consórcio de Produção de Alimentos conta com 12 cooperativas e é gerenciado pela OCB. A organização atua em três cadeias produtivas: açaí (seis cooperativas), pescado (três cooperativas) e castanha do brasil (três cooperativas).
Lílian Guimarães
Comunicação OCB/AP
Jornalista e RP
Especialista em Comunicação
Santa Mídia Comunicação
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