Estudantes e professores do ensino superior começaram a ter o primeiro contato com o cooperativismo no Amapá. A iniciativa é do Sistema OCB/Sescop-AP, que durante os dias 24, 25 e 26 de outubro, vai levar para dentro das universidades e faculdades da capital o I Simpósio Acadêmico do Cooperativismo do Amapá.
Sob o tema “A inclusão do Cooperativismo no Currículo dos Cursos de Graduação e a Melhoria das Possibilidades de Inserção dos Estudantes no Mundo do Trabalho”, o evento promove ciclos de palestras para docentes e discentes do ensino superior.
O presidente da OCB/AP, Gilcimar Pureza, explicou que a iniciativa tem o objetivo de apresentar aos acadêmicos a importância do cooperativismo como um modelo de negócio economicamente viável, além dos que já conhecem. Trazer estas oportunidades para dentro da graduação é preencher uma lacuna deixada no currículo educacional brasileiro, que é permitir que se conheça que além do serviço público e empreendedorismo, existe a possibilidade de cooperar”, avaliou.
Na programação do primeiro dia, acadêmicos dos cursos de Administração, Fisioterapia e Assistência Social, do Instituto Macapaense do Melhor Ensino Superior (IMMES) tiveram a possibilidade de conhecer noções básicas de cooperativismo com o palestrante Anderson dos Anjos, Mestre em Desenvolvimento Regional e Doutorando em Educação, com mais de 15 anos de experiência em trabalhos de cooperativas.
Ele ministrou pontos como história do cooperativismo, princípios básicos, fundamentos, áreas de atuação e noções de legislação. Os 13 ramos do cooperativismo foi o que mais despertou interesse dos acadêmicos: agrupecuário, crédito, consumo, educacional, especial, habitacional, infraestrutura, mineral, produção, saúde, trabalho, transporte, e turismo e lazer.
Aluno do curso de Administração, Heber Lemos dos Santos, ficou animado com a diversidade das áreas de atuação. “Não sabia de todos esses segmentos que cooperativismo abrange. Fiquei impressionado com as alternativas que isso oferece. Eu pensava que as cooperativas eram apenas para o ramo de alimentos, mas é uma gama de opções que existe. Achei muito boa a iniciativa”, empolgou-se o estudante.
Para o palestrante a reação do acadêmico demonstra exatamente uma grande possibilidade no Estado Amapá: áreas do cooperativismo que ainda não são exploradas no Estado. “As pessoas ficam realmente impressionadas ao saber as alternativas que dispõe o cooperativismo. Queremos justamente isso, que elas se estimulem a conhecer cada vez mais. Aqui no Amapá, por exemplo, as pessoas só conhecem o cooperativismo agropecuário, mineral, de crédito. Mas há outras experiências de muito sucesso que podem ser trazidas para cá, como nos ramos habitacional e de infraestrutura”, ponderou Anderson dos Anjos.
A programação do Simpósio prossegue nesta quarta-feira, dia 25, às 19h, na Universidade Estadual do Amapá (UEAP); e no dia 26, às 9h, na Universidade Federal do Amapá (Unifap).