O presidente do Sistema OCB-AP, Gilcimar Pureza; e Bruno Terralta representando a Federação das Cooperativas do Ramo Mineral do Amapá (FECOMI), no período de 02 a 05 de novembro cumpriram agenda no município de Oiapoque, onde participaram de reunião na comunidade de Vila Brasil com a presença do Juiz Federal Dr. João Bôsco e a Prefeita de Oiapoque Maria Orlanda.
Na ocasião a população local expôs a dificuldade que vem enfrentando por conta do Acordo Transfronteiriço assinado entre o governo brasileiro e francês que impõe uma série de restrições a rotina daquela comunidade e do município de Oiapoque como o direito básico de ir e vir, o transporte de alimentos e mercadorias, abuso de autoridade do lado francês e brasileiro com diversos relatos. Outro fator se refere a relação com ICMBIO, segundo os moradores não são boas, há intransigência em permissão aos munícipes fazerem melhorias nas residências, empreendimentos e produção agrícola e extrativista, todos alegam que antes do decreto de Criação do Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque a vila já existia há décadas e isso não é levado em conta.
Por fim, a criminalização da atividade mineral, onde as autoridades francesas acreditam que a Vila Brasil e Ilha Bela fomentam atividade garimpeira ilegal e por conta disso agem cerceando os direitos dos brasileiros.
O Presidente do Sistema OCB-AP, Gilcimar Pureza, que viajou por 7 horas de carro e mais 7 horas de voadeira, afirmou valer à pena todo sacrifício para participar da plenária com a presença do magistrado e da prefeita.
“O movimento cooperativista é solidário porque atinge até no Lourenço. Enquanto o Estado Brasileiro for omisso e negligente com seu povo a ilegalidade tende a aumentar e o cidadão não pode presumir genericamente que todos cometem atos ilegais. O Município de Oiapoque teria muito a contribuir com a economia do Amapá se não fosse esse comportamento da União e a submissão do Estado do Amapá diante dessas situações”, relatou Gilcimar.
O Sistema OCB-AP somará em uma campanha para rever este acordo diante do novo cenário político que ocorrerá em 2019. Bruno Terralta reforçou que várias atividades são travadas, várias relações comerciais são feitas pelo Pará com a Guiana e Caribe por conta dessas amarras a qual o Amapá é submetido. Já o Juiz Federal, Dr. João Bôsco se comprometeu em buscar soluções junto ao Exército Brasileiro, ICMBio e o Governo do Amapá.
Após as agendas o grupo visitou ainda autoridades francesas no Município vizinho, CAMOPI.