O Programa de Desenvolvimento e Fomento das Cooperativas do Segmento Mineral, que foi lançado em julho deste pelo Sistema OCB/SESCOOP-AP, avançou em mais uma etapa na busca pela sustentabilidade da atividade garimpeira e a profissionalização da gestão, com inovação e organização das cooperativas do segmento no Amapá.
Por isto, de 16 a 19 de novembro, técnicos do Sistema OCB/SESCOOP-AP acompanharam o consultor, instrutor e especialista na área mineral, Gilson Camboim, em visitas nas sedes de três cooperativas contempladas pelo programa: COOGAL, COOMING e COOPGAVIN, localizadas nos municípios de Calçoene, Pedra Branca do Amapari e Porto Grande, respectivamente.
O objetivo das visitas técnicas foi conhecer de perto a realidade de cada entidade, principalmente a infraestrutura que cada uma possui e os processos de gestão.
Camboim pôde conversar com técnicos, conselheiros fiscais e administrativos para entender melhor os desafios de cada cooperativa, e, partir desse diagnóstico, elaborar estratégias e soluções para as instituições, no âmbito do programa, se desenvolverem dentro da legalidade.
Segundo ele, o que mais chamou a atenção foi o trabalho consolidado das três cooperativas visitadas com relação a projetos de saúde para os garimpeiros, sobretudo em parceria direta com os municípios. A Coogal, por exemplo, tem médico à disposição e oferece testes para detectar se o trabalhador contraiu malária – doença comum em garimpos da Amazônia.
A COOMING Também oferece sede para profissionais de saúde atender aos garimpeiros e à comunidade, com dormitórios.
Destacaram-se, ainda, os serviços ambientais, como coleta de lixo, distribuição de reservatórios para coleta seletiva.
“Proporcionou a oportunidade de conhecer diversos pontos positivos e necessidades das cooperativas. Graças a essas visitas, podemos compreender o atual cenário que cada uma vem enfrentando, principalmente nas questões da legalização, porém mesmo atravessando essa dificuldade, não deixaram de gerar valores e benefícios em prol dos garimpeiros e da comunidade que estão atuando”, relatou Camboim.
Ele também detectou que algumas enfrentam problemas de logísticas e de infraestrutura básica, como energia elétrica fornecida apenas por meio de geradores, necessidade de cursos de capacitação para os cooperados e para população. Agora um planejamento será feito junto com o Programa que assiste as cooperativas para vencer esses desafios.
“Foi gratificante em ver e conhecer o esforço que cada uma delas vem fazendo na busca por legalização e estruturação das comunidades. Isso amplia ainda mais a vontade de ver esse seguimento do cooperativismo cada vez mais forte”, concluiu Camboim.