Conselheiros do Sistema OCB Amapá e cooperativas segmentadas participaram, na terça-feira (23), da Oficina de Planejamento Estratégico do projeto Rotas do Açaí. O evento aconteceu no SEBRAE Amapá, em Macapá
A estratégia Rotas do Açaí faz parte do programa Rotas de Integração Nacional (ROTAS), do Ministério da Integração do Desenvolvimento Regional (MDIR), representado pelos técnicos Tark Coelho e Simone Noronha, que apresentaram estudos voltados ao mercado que visa aumentar a produtividade e agregar valor à produção regional de açaí.
Na prática, são redes de arranjos produtivos selecionadas previamente e que receberão incentivos para promover inovação, diferenciação, competitividade e sustentabilidade dos empreendimentos locais.
A oficina, que contou com a participação de cooperativas do ramo agropecuário da segmentação açaí, secretarias de governo e instituições de interesse na cadeia, recebeu o nome de Polo Açaí no Meio do Mundo.
O objetivo foi coletar dados para verificar como pode ser aprimorada a cadeia produtiva do fruto e aumentar o leque de mercados que podem ser atendidos com a exportação do produto. As visitas possibilitaram conhecer melhor a realidade de cada produtor, as dificuldades enfrentadas para cultivar o açaí e desafios a superar para escoar a produção.
Ao final do planejamento foi instituído um comitê composto por organizações apoiadoras, entre elas o Sistema OCB Amapá, que darão continuidade à próxima fase do projeto.
Amazonbai
No Amapá, a cooperativa AMAZONBAI foi modelo de representatividade da cadeia do açaí. Após abertura oficial do evento, o presidente Amiraldo Picanço fez uma explanação do potencial da entidade, ocasião em que destacou os 140 cooperados localizados no Arquipélago do Bailique e Beira Amazonas. Ele falou da intenção de triplicar o número de cooperados, multiplicadores que serão capacitados em manejo florestal sustentável
Com a inserção de novas tecnologias e métodos de produção do açaí é a Amazonbai, que atua há cerca de dez anos no estado produzindo e exportando a polpa do fruto. A sede da cooperativa foi uma das visitadas durante as atividades de campo.
Destacou que a entidade vem investindo em soluções inovadoras, em plataformas digitais de gestão para manter a integração da floresta com agroindústria através de mapeamento digital para auxiliar na manutenção das certificações que cooperativa já obteve e que a torna apta a comercializar para o mercado europeu e norte-americano.
“É o momento de unir forças para discutirmos e planejarmos a cadeia produtiva do açaí, desde a área de produção até a agroindústria. Buscar inovação, tecnologia, junto com as startups, para que, de fato, a gente transforme essa discussão em políticas públicas de desenvolvimento não só do Arquipélago do Bailique, mas sim de todo estuário da cadeia produtiva do açaí”, enfatizou o presidente da cooperativa.
Das cooperativas, estavam presente AMAZONBAI, a COOAPST, BIO+AÇAÍ, COOPMARACÁ, AÇAÍCOOP. Os conselheiros do Sistema OCB, Gilcimar Pureza, Maria Angélica, Daciel Alves e Amiraldo Picanço, também participaram.