O Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) e a Universidade Federal Fluminense (UFF) lançaram na tarde da última sexta-feira, 07, em Macapá, o projeto Centros Vocacionais Tecnológicos (CVTs) que busca modernizar o processo produtivo do açaí, castanha-do-Brasil e do pescado no Amapá.
Dos R$7 milhões que serão investidos, R$3 milhões serão destinados para compra de máquinas e equipamentos dos consórcios das cooperativas que irão modernizar e melhorar os processos produtivos e a gestão.
Um exemplo claro está na Cooperflora de Laranjal do Jari. O castanheiro Mariolando Araújo, conta que a fábrica artesanal produz uma quantidade pequena de amêndoas em virtude do processo artesanal, seja na secagem, descascamento, e principalmente, empacotamento.
“Com o investimento, aumentaremos nossa capacidade de produção e poderemos atender a demanda que chega até nós, atingindo assim inúmeros mercados”, comemorou Mariolando.
As capacitações serão repassadas por pesquisadores e bolsistas da Universidade Federal Fluminense (UFF) e de outras instituições de pesquisa do estado, com o intuito de modernizar a produção.
“Nosso foco é esse, estar ao lado das comunidades tradicionais, e incrementar a cadeia, dinamizando o conhecimento, para trazer os pescadores e extrativistas para dentro dessa rede de conhecimento”, destacou André Brandão, professor da UFF.
De acordo com o presidente do Sistema OCB-AP, Gilcimar Pureza, mais de três mil famílias serão beneficiadas, no oeste e sul do Amapá.
“O desenvolvimento do nosso Estado está ligado diretamente ao setor produtivo. A aplicação desse projeto será a ponte que nossos extrativistas e pescadores precisam para ter de fato uma oportunidade de crescimento”, compartilhou Gilcimar Pureza.
Os CVTs são unidades públicas e comunitárias de ensino, técnicas e práticas relacionadas com a modernização da produção local.
Pelo menos dez cooperativas, divididas em três consórcios (um de cada produto), irão ter CVTs para realização de cursos de capacitação.
O CVT do pescado será instalado em Santana, o do açaí em Macapá e o da castanha em Laranjal do Jari. Todo o recurso para implementação das unidades é oriundo do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações.
O projeto terá apoio do Sistema OCB-AP, da Universidade Federal do Amapá (UNIFAP), da Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia (SETEC) e da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).